Introdução
A escatologia é concentrada em explicar a vida após a morte, começando com a morte ao julgamento pessoal que segue à morte do indivíduo na Terra, e seguido pelo destino do Céu ou do Inferno. (Na teologia católica, o céu às vezes é precedido por um purgatório) A Escatologia também consiste com o estudo dos eventos que acontecem no Final dos Tempos: o retorno de Jesus, a ressurreição dos mortos, o arrebatamento, a grande tribulação, e depois destas coisas, o Milênio (Millenium), ou mil anos de paz, que tem sido interpretado de forma literal e simbolicamente. Finalmente, a escatologia se consiste com o fim do mundo e seus eventos associados: o Juízo Final, o banimento da morte,Hades, Satanás e seus seguidores para o Lago de Fogo e a criação de um novo céu e de uma nova terra.
A Escatologia é um ramo antigo da teologia cristã, com o estudo dos últimos tempos, e da Segunda vinda de Cristo citado pela primeira vez por Inácio de Antioquia (c. 35–107 D.C.), e depois pelo apologista cristão Justino, em Roma. (c. 100–165). O estudo da Escatologia continuou no Ocidente pelos ensinamentos do teólogo influente de Roma, noNorte da África, Tertuliano (c. 160-225), e com uma reflexão e especulação mais completa logo depois no Oriente, pelo teólogo mestre Orígenes (c. 185 -254).1
Na teologia protestante, a escatologia tem sido importante, mas às vezes negligenciada no campo de estudo. Martinho Lutero, João Calvino e outros reformadores do século XVI, escreveram longos trechos sobre os "tempos finais", mas o interesse na escatologia diminuiu após a Reforma até o final do século XIX, quando se tornou popular nos reformados, os pentecostais e as igrejas evangélicas. Era cada vez mais reconhecida como uma divisão formal de estudos teológicos, durante o século XX.
Passagens escatológicas, às vezes chamadas de "apocalípticas", são encontradas em toda a Bíblia, tanto nas escrituras do Antigo Testamento (bíblia hebraica) quanto do Novo Testamento, embora, como se poderia esperar, eles estão concentrados nos livros proféticos. Na Bíblia cristã, os profetas constituem a última das divisões principais do Velho Testamento, e incluem os livros de Isaías a Malaquias. No Novo Testamento, o Apocalipse é o único livro desta categoria, apesar de existirem vários curtas, mas importantes passagens escatológicas dos evangelhos e epístolas. Há também muitos exemplos extrabíblicos de profecias escatológicas, bem como as tradições da igreja foram adicionando às escrituras ao longo dos anos.
A segunda vinda de Cristo é o acontecimento central na escatologia cristã. A maioria dos cristãos acredita que o sofrimento da morte continuará a existir até o retorno de Cristo. Outros acreditam que o sofrimento vai ser gradualmente eliminado antes de sua vinda, e que a eliminação da injustiça é a nossa parte na preparação para esse evento.
Alguns críticos, principalmente cristãos ortodoxos, têm sugerido que a popular (em oposição ao erudito) discussão de temas escatológicos é irrelevante e potencialmente prejudicial, e alguns professores pensam que a fé cristã deve ocupar-se com o que é mais transparentemente entendido sobre a Salvação. Esses temores se revelaram infundados, no entanto, o interesse na escatologia aumentou proporcionalmente à difusão da alfabetização, sem quaisquer consequências negativas. Muitos cristãos sentem que a escatologia é central para a fé cristã, pois representa a busca de uma melhor compreensão da base para a esperança cristã para o futuro, e hoje há um grande interesse no assunto, tanto entre o público em geral, como na área formal de estudo em escolas de teologia.
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