04. Como Será a Volta de Cristo
05. Nos Encontrando com Cristo
06. O Juízo na Volta de Cristo
08. O Propósito da Volta de Cristo
09. Vivendo à Luz da Volta de Cristo
O que é a volta de Jesus? Essa é uma pergunta que tem ressoado nos corações dos cristãos desde os dias dos apóstolos. A resposta, contudo, vai além de uma simples definição. A volta de Jesus é o clímax da história redentora, o momento em que o próprio Filho de Deus retornará à terra para completar o plano perfeito de Deus. Não se trata apenas de um evento futuro, mas de uma realidade viva que transforma nossa compreensão do presente e nossa esperança para o porvir.
Quando falamos sobre a volta de Cristo, referimo-nos ao momento em que Ele aparecerá em glória, não mais como o humilde servo que andou entre nós, mas como o Rei soberano e Juiz de toda a terra. Em Mateus 24:30, Jesus descreve esse grande dia: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” Será um evento universal, visível e inegável.
Essa volta não é apenas um retorno físico, mas também espiritual e cósmico. É o momento em que Ele vindicará sua justiça, julgará os vivos e os mortos e estabelecerá um reino que jamais terá fim (Apocalipse 11:15). Para nós, que cremos, é a concretização da nossa esperança, a realização de tudo o que esperamos em Cristo.
A Bíblia nos ensina que a volta de Jesus é tanto um evento de juízo quanto de redenção. Para aqueles que rejeitaram a verdade, será um dia de confronto com a justiça divina (2 Tessalonicenses 1:7-9). Mas, para os que creram e viveram em obediência, será o dia de encontrar o Senhor face a face, de serem plenamente restaurados e de habitar eternamente em Sua presença (1 Tessalonicenses 4:17).
Essa promessa não é uma ideia abstrata ou simbólica; é um fato futuro. Assim como Jesus veio uma primeira vez, cumprindo todas as profecias messiânicas, Ele virá novamente. Como Ele mesmo afirmou: “Virei em breve; segura o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3:11). A volta de Jesus é a culminação de todo o propósito de Deus para a humanidade.
Portanto, a volta de Jesus não é apenas algo que aguardamos; é algo que nos move a viver em santidade, vigilância e dedicação. É o momento em que todas as promessas de Deus encontrarão seu cumprimento pleno, e o reino de Deus será estabelecido em toda a sua glória. Que esse ensino não apenas nos encha de esperança, mas nos inspire a viver cada dia preparados, com os olhos fixos naquele que virá.
A certeza da volta de Jesus é uma das promessas mais firmes e consoladoras que encontramos nas Escrituras. Desde o momento em que Ele ascendeu ao céu, seus discípulos foram assegurados de que esse não era o fim, mas apenas o começo de algo muito maior. Lembramo-nos das palavras dos anjos em Atos 1:11: “Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu há de vir assim como para o céu o vistes ir.” Essas palavras ecoam ao longo da história, sustentando gerações de cristãos na esperança do retorno do nosso Senhor.
Não estamos abandonados nem esquecidos. Jesus prometeu que voltaria para nos buscar, e Ele mesmo afirmou: “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14:3). Essa promessa não é apenas um conforto para nós, mas um lembrete de que toda a história está caminhando para um desfecho glorioso. O mesmo Deus que enviou Seu Filho ao mundo para nos redimir é fiel para cumprir tudo o que Ele disse.
Essa certeza, entretanto, não é algo que possamos simplesmente saber intelectualmente. Ela precisa enraizar-se em nosso coração e moldar a maneira como vivemos. Se cremos que Jesus voltará, isso transforma nossa perspectiva sobre a vida, os desafios e até mesmo o sofrimento. Sabemos que o tempo presente, com suas dificuldades, é temporário e que uma glória eterna nos aguarda. Como Paulo escreveu em Tito 2:13, vivemos “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.”
Ao longo das Escrituras, vemos Deus reafirmando essa promessa. Os profetas, os apóstolos e até mesmo o próprio Jesus falaram sobre esse grande dia. O apóstolo Pedro nos lembra que o Senhor não retarda sua promessa, como alguns a consideram tardia, mas é longânimo, desejando que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9). Sua demora aparente não é ausência, mas graça. Cada dia que passa é mais uma oportunidade para que vidas sejam transformadas e reconciliadas com Deus antes do retorno de Cristo.
Como povo de Deus, somos chamados a viver com expectativa. Não como aqueles que duvidam ou se esquecem dessa promessa, mas como servos fiéis que aguardam o seu Senhor. Não sabemos o dia nem a hora, mas temos a convicção de que Ele virá. E, quando vier, todo olho o verá, e toda língua confessará que Ele é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Filipenses 2:10-11).
Essa certeza não apenas nos conforta, mas nos desafia a perseverar. Enquanto aguardamos, somos chamados a proclamar essa mensagem de esperança ao mundo. Não há promessa mais firme do que aquela feita pelo Deus que nunca falha. Jesus voltará, e, quando Ele vier, trará consigo a plenitude da redenção, a justiça e o estabelecimento do Reino eterno. Que possamos, juntos, viver à luz dessa certeza, firmes e inabaláveis, porque aquele que prometeu é fiel.
Os sinais da vinda de Jesus são como marcos colocados ao longo da estrada da história, nos indicando que o cumprimento da promessa de Sua volta está cada vez mais próximo. Não é à toa que Jesus dedicou parte de seu ministério a ensinar sobre eles, como vemos em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Esses sinais não existem para nos assustar ou desanimar, mas para nos lembrar que Deus tem o controle de tudo e que seu plano segue avançando, mesmo em meio ao caos do mundo.
Jesus falou sobre acontecimentos que precederiam sua volta, descrevendo-os como o "princípio das dores" (Mateus 24:8). Ele mencionou guerras, fomes, terremotos e pestes, mostrando que, embora essas coisas pareçam aleatórias ou catastróficas, elas fazem parte do cenário que antecede sua vinda. Porém, não são apenas sinais no mundo físico; há também sinais espirituais, como o aumento da iniquidade, o esfriamento do amor de muitos e a disseminação do engano por falsos cristos e falsos profetas.
Além disso, Jesus nos apontou para o avanço do evangelho como um dos sinais mais marcantes. Ele declarou: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mateus 24:14). Isso nos mostra que, enquanto sinais como calamidades podem parecer negativos, há também sinais de esperança, como o crescimento do reino de Deus e a salvação de muitos.
Os sinais também nos levam a refletir sobre nossa postura. Jesus nos alertou para não sermos enganados e para permanecermos atentos. Ele disse: “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo” (Marcos 13:33). Os sinais, mais do que nos informar, servem para nos preparar. Eles nos convidam a viver com urgência, sabendo que cada dia que passa nos aproxima do retorno do nosso Senhor.
Não é apenas uma questão de olhar para os sinais no mundo externo; também precisamos olhar para dentro de nós. Como estamos respondendo a esses sinais? Estamos mais comprometidos com o Senhor, mais vigilantes e mais focados na missão que Ele nos deu? Os sinais da vinda de Jesus não são apenas advertências; são lembretes de que devemos viver como cidadãos do céu, prontos para encontrar o Rei.
Em cada geração, cristãos têm observado os sinais e percebido sua relevância. Para nós, que vivemos em tempos de tantas mudanças e incertezas, eles continuam sendo um testemunho de que Deus é soberano e de que Sua palavra nunca falha. Que possamos olhar para os sinais não com medo, mas com esperança, confiantes de que o dia do Senhor está próximo e que, até lá, temos uma missão a cumprir.
A volta de Jesus será um evento grandioso, inigualável e visível a todos. Não se trata de algo oculto ou simbólico, mas de uma manifestação real e gloriosa do nosso Senhor. Ele virá com poder e majestade, acompanhado por seus anjos, e todas as pessoas, de todas as nações, O verão. Como Jesus mesmo declarou: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:27).
Ao contrário de sua primeira vinda, marcada pela humildade e pelo serviço, Ele retornará como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Sua chegada será acompanhada de um clamor celestial, o som de trombetas e a proclamação da Sua vitória. O apóstolo Paulo descreve este momento com clareza: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” (1 Tessalonicenses 4:16).
Esse evento será universal. Não haverá canto da terra onde sua glória não seja vista. O Apocalipse nos diz que “todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele” (Apocalipse 1:7). Sua vinda será tanto um momento de alegria indescritível para aqueles que O aguardam, quanto de temor para aqueles que o rejeitaram.
Para nós, que cremos, a volta de Jesus significa redenção completa. É o dia em que seremos transformados, quando a mortalidade será revestida de imortalidade, e seremos levados para estar com Ele eternamente. Essa esperança nos fortalece e nos lembra de que nenhuma circunstância deste mundo é definitiva, porque o nosso Senhor virá para nos buscar.
Que possamos viver em vigilância e expectativa, porque sua volta será repentina, como um ladrão à noite. Não sabemos o momento exato, mas sabemos que Ele virá, e quando vier, trará consigo a plenitude da justiça, da paz e da vida eterna.
Na volta de Jesus, o foco principal será reunir o seu povo, aqueles que foram comprados pelo seu sangue e permaneceram fiéis à Sua Palavra. Esse é um dos aspectos mais belos e emocionantes desse grande evento. Ele prometeu que voltaria para buscar os seus e cumprir a promessa de vida eterna. Como está escrito em Mateus 24:31: “E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.”
Os chamados por Deus, de todas as épocas e lugares, serão reunidos. Não importa a língua, nação ou cultura; todos os que creram em Cristo e o confessaram como Senhor serão chamados à sua presença. Paulo nos lembra dessa verdade em 1 Tessalonicenses 4:17, quando diz: “Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
Esse será um momento de alegria indescritível, quando a separação causada pelo tempo, pela morte ou pelas circunstâncias será completamente superada. Os vivos e os que dormem no Senhor serão unidos em um só corpo glorificado, em perfeita comunhão com Cristo. Será a consumação do plano de Deus para a sua igreja.
Entretanto, haverá também aqueles que não estarão entre os reunidos, porque rejeitaram a graça de Deus. A separação final ocorrerá, como Jesus explicou na parábola das ovelhas e dos bodes (Mateus 25:31-46). Aqueles que pertencem ao Senhor entrarão na vida eterna, enquanto os que não creram enfrentarão o juízo.
Esse ensino nos exorta a viver em santidade e fidelidade, lembrando que fomos chamados para ser um povo exclusivo, zeloso de boas obras, aguardando a gloriosa manifestação do nosso Salvador.
A volta de Jesus não será apenas um momento de reunião e celebração, mas também de juízo. Ele virá como Juiz justo, trazendo consigo a recompensa para os fiéis e a retribuição para os ímpios. Em 2 Coríntios 5:10, somos lembrados de que todos compareceremos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito.
O juízo de Cristo será perfeito e imparcial. Ele julgará não apenas nossas ações, mas também os pensamentos e intenções do coração. A Bíblia nos ensina que Ele trará à luz tudo o que está oculto, recompensando os que viveram de acordo com sua vontade e corrigindo toda injustiça.
Para os crentes, esse será um momento de reconhecimento, quando as obras feitas em Cristo serão recompensadas e o galardão será dado. Entretanto, para aqueles que rejeitaram a graça de Deus, será um dia de confronto com sua própria incredulidade e rebeldia. O livro de Apocalipse descreve o juízo final como o momento em que os livros serão abertos, e todos serão julgados segundo suas obras (Apocalipse 20:12).
Esse juízo é um lembrete solene de que nossas vidas têm peso eterno. Ele nos chama a viver em obediência, com temor e tremor, sabendo que nossas escolhas diárias refletem nossa fé no Senhor. Que a certeza do juízo vindouro nos motive a buscar uma vida que glorifique a Deus e demonstre o amor de Cristo ao mundo.
O propósito da vinda de Jesus é inseparável do plano eterno de Deus de glorificar Seu nome através da redenção e restauração de todas as coisas. Desde a queda da humanidade no Éden, a promessa da restauração foi declarada (Gênesis 3:15), e Jesus é o cumprimento dessa promessa. Sua primeira vinda inaugurou o Reino de Deus, trazendo salvação por meio de Sua vida, morte e ressurreição. Agora, aguardamos a Sua segunda vinda, quando o Reino será consumado em plenitude (Apocalipse 21:1-4).
Jesus voltará para glorificar o Pai e manifestar a vitória definitiva sobre o pecado, a morte e Satanás (1 Coríntios 15:24-26). Ele virá para resgatar Seu povo, os eleitos de Deus, que foram predestinados para a vida eterna (Mateus 24:31; Efésios 1:4-5), e para restaurar a criação, libertando-a da corrupção causada pelo pecado (Romanos 8:19-21). Ele também voltará para exercer juízo, estabelecendo justiça e separando os justos dos ímpios (Mateus 25:31-46; 2 Tessalonicenses 1:6-10). Este é o momento em que todos verão a glória de Sua soberania, e todo joelho se dobrará perante Ele (Filipenses 2:9-11).
O propósito da volta de Jesus também inclui a reconciliação completa entre Deus e Seu povo. Os que foram redimidos por Seu sangue finalmente desfrutarão da comunhão plena e eterna com Ele, em um novo céu e uma nova terra (Apocalipse 21:3-4). A Nova Jerusalém será o lugar onde Deus habitará com os homens, e não haverá mais lágrimas, dor ou morte. Esse propósito é um reflexo da fidelidade de Deus, que cumpre cada uma de Suas promessas (2 Pedro 3:9).
Para nós, a compreensão desse propósito não é apenas doutrina, mas uma esperança viva (1 Pedro 1:3). Sabemos que o mesmo Jesus que veio como Servo Sofredor virá como Rei Vitorioso (Apocalipse 19:11-16), e Sua volta trará a consumação de todas as coisas para a glória de Deus. Vivemos em expectativa, confiando que, em Cristo, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que O amam e foram chamados segundo o Seu propósito eterno (Romanos 8:28).
Saber que Jesus voltará não é apenas uma informação; é um chamado a viver de maneira diferente. Essa verdade deve moldar nossa conduta, nossas prioridades e nossa maneira de enxergar a vida. Como Pedro escreveu: “Portanto, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz” (2 Pedro 3:14).
Devemos viver com vigilância, mantendo nossos olhos fixos em Cristo. A parábola das dez virgens nos ensina a importância de estarmos preparados, com nossas lâmpadas acesas e óleo suficiente para a chegada do Noivo (Mateus 25:1-13). Isso significa cultivar uma vida de oração, comunhão com Deus e fidelidade à Sua Palavra.
Também somos chamados a viver em santidade. O apóstolo João nos lembra que “todo aquele que tem esta esperança nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 João 3:3). Saber que Jesus virá nos encoraja a abandonar o pecado e buscar a justiça, vivendo como filhos da luz em um mundo cheio de trevas.
Por fim, somos chamados a ser testemunhas. Enquanto aguardamos a volta de Jesus, devemos proclamar o evangelho, vivendo como embaixadores de Cristo e convidando outros a se reconciliarem com Deus. Que a certeza de Sua vinda nos inspire a perseverar na fé, a amar mais intensamente e a servir com alegria, sabendo que o dia do Senhor está próximo e que Ele recompensará os que permanecerem fiéis até o fim.